Colaboração em rede e educação
Uma
nova sociedade comunicativa
Uma nova sociedade
conectada, nova sociedade em rede, são conceitos originalmente criados por
Manuel Castells no livro “A sociedade em Rede”, nele o autor determina as
circunstancias em que as novas tecnologias da informação irão interferir nas
estruturas sociais.
No decorrer da história
os meios midiáticos tiveram grande importância como transformadores sociais
desde a criação do texto impresso passando por sua evolução e atuando como um sinalizador
da mudança de século, a exemplo do rádio no século XIX, da TV no século XX, e
marcando a passagem para o século XXI com todas as formas de mídia convergindo
para os computadores e a Internet.
O Grande diferencial de
uma sociedade conectada é o encurtamento de distâncias e a unificação da
linguagem, a sociedade agora atua em um ambiente global, por conta disso as
relações humanas tem se dado cada vez mais em um espaço multimídia, elemento
decisivo para a nova sociedade em rede.
Dentro desse âmbito, novos
padrões educacionais vão surgindo com a chegada de ferramentas multimídia.
Os modelos de educação
até então vigente já se encontram em transformação. Um traço marcante desse
modelo é o fato de o professor não ser mais o detentor da verdade absoluta, os
alunos já carregam uma bagagem de conhecimento adquirido através da rede, cabe
agora ao professor à função de preencher as lacunas desse conhecimento
adquirido.
As pessoas estão se
tornando mais críticas, os métodos de ensino agora podem ser mais
personalizados respeitando a vivência de cada indivíduo.
Com advento dessas
novas tecnologias, o raio de ação do ambiente escolar tende a não se limitar
mais aos muros de uma escola, quebrando o conceito tradicional de sala de aula.
Hoje é possível acessar de qualquer parte do mundo o conteúdo de um tema
proposto pelo professor, por outro lado esse recurso não deve excluir o uso de
aulas presencias, as atividades em grupo ainda são importantes para a
socialização de crianças e adolescentes, já que o uso excessivo de redes sociais
tem mostrado certa frieza nos relacionamentos na vida real, tendo esse fator
como um possível efeito colateral da nova era digital.
A rede por si só não garante mudanças na
educação, há uma expectativa de que as novas tecnologias trarão soluções
rápidas para o modelo atual de educação, para isso é preciso viabilizar o
acesso à tecnologia a de áreas carentes com investimento em laboratórios de
informática ou mesmo a criação de mais tele centros. Esses novos paradigmas se
antepõem aos antigos, as instituições de ensino agora se veem diante de novos
desafios.
Estamos no “olho do
furacão” de uma revolução pedagógica na educação musical, hoje temos a nossa
disposição a ferramenta dos sonhos de qualquer educador. A tecnologia atual
possibilita a criação de conteúdo de forma mais rápida.
A rede mundial não se resume a mera biblioteca
digital, o uso de softwares de gravação e edição de áudio, vídeo e texto e a
vasta gama de opções de interação torna o mundo conectado mais colaborativo com
uma grande diversidade de conteúdos de autoria coletiva.
A difusão de novas tecnologias de informação
não significa necessariamente que as pessoas tenham mais acesso à cultura e
educação. Para isso são necessárias condições internas como motivação e
estimulo para estudantes desinteressados ou com práticas culturais fortemente
influenciados pelos meios midiáticos.
Ao explorar o potencial das atuais tecnologias
a sociedade vai se adequando as novas exigências e paradigmas, evitando assim um
atraso social e cultural.
Sobre
minha experimentação
Não faço parte da
chamada “geração digital”, apesar de me considerar um grande entusiasta da
tecnologia.
Vivi a época de
transição com o surgimento da internet. Vim de uma época em que a T.V. era o
principal meio de comunicação de massa, uma época em que as fronteiras do meu
mundo particular não ultrapassavam minha escola, minha rua, meu bairro.
A ideia não é ficar com aquele tipo
de discurso saudosista de “...no meu tempo...”, nem mostrar um deslumbramento
com o potencial que a internet fornece.
A comunicação em rede
já está profundamente enraizada no meu cotidiano, e tenho lidado muito bem com
ela, principalmente no que diz respeito à dependência de estar conectado o
tempo todo.
O que me parece ser o
traço mais marcante do momento atual, em oposição às gerações passadas que
tinham na T.V. o maior veículo de comunicação, é que com as novas
possibilidades de comunicação estabelecidas pelo avanço tecnológico, o
indivíduo passou de mero espectador para protagonista ativo dos acontecimentos.
Hoje com a internet totalmente arraigada em
nosso cotidiano, se tornou muito mais fácil juntar pessoas com interesses
comuns e a extensão da fronteira agora é de âmbito mundial! Quem sabe qual será
o limite na virada do próximo século? Da pra especular
que daqui a cem anos esse limite possa transcender nosso planeta.
Referências:
CASTELLS,
Manuel. A Sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/392268/mod_resource/content/1/ASociedadeEmRedesVol.I.pdf
> Acesso em: 24 out. 2017.
CASTELLS,
Manuel. CARDOSO, Gustavo. A Sociedade em rede. Do Conhecimento à Ação Política.
Cap 1 (p. 16 – 29). Conferência promovida pelo Presidente da República
Portuguesa entre 4 e 5 de Março de 2005. Centro Cultural de Belém. Disponível em: <
https://ead2.sead.ufscar.br/mod/resource/view.php?id=223998> Acesso em: 24 out. 2017.
ANDRADE,
Flávia de. A Nova Sociedade Conectada. Disponível
em: <http://jornalismof5.blogspot.com.br/2011/11/nova-sociedade-conectada.html> Acesso em: 24 out. 2017.
SILVA, Maria da
Graça Moreira da. Na Sociedade de hoje, a Sociedade da Comunicação e
Informação, quais os Principais Desafios da Educação? Disponível em: <http://webeduc.mec.gov.br/midiaseducacao/material/introdutorio/etapa_2/p2_06.html>
Acesso em: 24 nov. 2013.
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