terça-feira, 14 de novembro de 2017

VÍDEOCAST
  Olá!
  Nesse vídeo apresento uma aula demonstrativa com a aplicação das ideias de Kodály, para o aprendizado e desenvolvimento da leitura musical.
  vídeo
 SOUNDCAST
 Olá!
  Essa minha primeira investida no campo dos "podcasts".
  A ideia é criar uma serie que terá a proposta de mostrar exemplos práticos de atividades musicais para serem desenvolvidas em sala de aula, tomando por base as propostas dos educadores musicais que são grandes referências no campo do ensino de música.
 Esse soundcast será complementado com um vídeo, onde será demonstrada todo o desenvolvimento da atividade.
 Segue o link:

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

AT 2.2 – Web 2.0 e a Educação

O que é web 2.0?
A Web 2.0 foi criada em 2004 pela empresa americana O'Reilly Media. Trata-se de um termo inventado para representar uma segunda geração de comunidades e serviços oferecidos na internet, fundamentada em aplicativos baseados em redes sociais.
O objetivo da Web 2.0 é deixar o espaço online mais dinâmico e fazendo com que os usuários colaborem para a criação e organização do conteúdo.
Baseado nesse conceito, viu-se a proliferação de páginas de relacionamentos sociais, vídeos, wikis, blogs, todos criados com a participação efetiva do usuário.
A Web 2.0 tornou mais ágil o uso de diversos aplicativos, sendo esse um fator responsável pelo aumento significativo no conteúdo existente na Internet.
Os novos paradigmas da presença tecnológica influenciam toda a sociedade, se vivencia a era do conhecimento e a globalização, onde a convergência de métodos e meios de comunicação vem afetando o dia a dia dos profissionais como um todo. A Web 2.0 de 2004, passou a designar uma nova tendência comportamental frente aos recursos tecnológicos. Dentre as várias possibilidades de definição, Ferreira e Bastos esclarece a Web 2.0 como sendo: "uma plataforma que comunica e partilha conteúdos e serviços, potenciando uma verdadeira arquitetura participada, onde os conteúdos, postados por cada um de nós, encontram seu espaço na rede e obtêm a divulgação adequada. Representa um novo paradigma onde a colaboração ganha força suficiente para concorrer com os meios tradicionais de geração de conteúdo. [...] refere-se a uma suposta segunda geração de serviços da internet". (FERREIRA; BASTOS, 2006).
Anteriormente tínhamos a chamada Web 1.0, onde o usuário era um mero espectador ou apenas um agente passivo. Com a chegada da Web 2.0 o mesmo usuário passa a interagir de forma dinâmica, criando, modificando e lendo conteúdos na rede de forma online.
Essa tendência comportamental tem causado um impacto enorme na sociedade e pode ser implementada de maneira eficaz na educação. Os professores, como força de mudança na escola, também devem estar preparados para acompanhar essa mudança de interação e colaboração. Muitos são os estudos que demonstram a utilidade e as vantagens que a Web 2.0 oferece para o processo de ensino e aprendizagem.
Os alunos de hoje apresentam uma grande afinidade com o ambiente da Web 2.0, o que a transforma em um fator de motivação adicional, a qual a escola não pode deixar de lado. Logicamente, somente a inserção das novas tecnologias de informação e comunicação na sala de aula não se torna o suficiente. É fundamental que os envolvidos no ambiente educacional planejem suas atividades pedagógicas de modo que a Web 2.0 se torne uma ferramenta cognitiva promotora do sucesso educativo.
Com todas estas possibilidades de interação, a divulgação de coisas que seriam, por exemplo, da cultura popular e que, portanto, teriam a necessidade de ser presenciais para serem conhecidas, podem se tornar rapidamente divulgadas a um clique, e isso pode ser multiplicado pelo compartilhamento nas redes sociais e nos blogs. É possível se criar toda uma rede de assuntos afins e muitas outras coisas que a necessidade e a criatividade possam inspirar.
Dentre as várias possibilidades de aplicação da Web 2.0 na educação podemos destacar as seguintes ferramentas, conforme VANDRESSEN (2011) destaca:
Podcast: trata-se de um arquivo de áudio que pode ser utilizado para disseminação de informações de forma rápida, segura e gratuita publicado por meio do “podcasting” na internet. É possível produzir um repertório musical e deixar disponível para audição dos alunos em um blog.
Webcast: oportuniza a criação de material de apoio de forma colaborativa entre professores e alunos. É possível criar uma composição musical, uma célula rítmica, um jogo musical, etc.
Ferramentas online: São diversas as possibilidades, conforme segue:
Voki: permite a criação de um “avatar” com as características pessoais do usuário, possibilitando a gravação de voz e envio de upload. 
Wiki: possibilita a escrita colaborativa, assim como a construção de um site de forma colaborativa também.
Toondoo: ferramenta utilizada para criar histórias em quadrinhos. Para a educação infantil é ideal para contar histórias que facilite a introdução de elementos musicais.
Tikatok: muito utilizado para confecção de livros virtuais.
Slideshare: utilizado para compartilhar apresentações na rede.
Flickr: muito utilizado para compartilhar imagens.

Essas são apenas algumas das infinidades de ferramentas que a Web 2.0 nos oferece e que podem ser aproveitadas na prática pedagógica, porém, temos um grande entrave diante das facilidades da prática pedagógica frente a Web 2.0: o desconhecimento destes profissionais nestas inúmeras tecnologias. Contar com a contribuição do coletivo em uma construção de um conhecimento oferece muitas vantagens em vários aspectos, as quais podemos citar o alcance numérico de usuários bem como a rapidez da troca de informações, sem barreiras de distância e tempo. Mas para que isso aconteça efetivamente os professores, mais do que nunca, precisam buscar uma reciclagem e atualizações acerca do que a Web 2.0 pode oferecer. Segundo Morin (2000, p.10):
“Esse fenômeno que estamos vivendo hoje, em que tudo está conectado, é um outro aspecto que o ensino ainda não tocou, assim como o planeta e seus problemas, a aceleração histórica, a quantidade de informação que não conseguimos processar e organizar. ”
A tecnologia tornou-se um recurso favorável que ampliou possibilidades no mercado de trabalho, sendo um desafio para muitos, em especial, para os educadores, principalmente com relação ao modo de utilização da mesma e de que forma torná-la aliada em sua atuação. Ser professor e transmitir algo em específico, mas, além disso, também saber compreender e aprender com seus discentes, sendo uma ponte entre o aluno e o mundo, este que a cada dia muda rapidamente. Novas tecnologias e informações surgem e o educador que pretende tornar seus alunos capazes de entender e usar tais informações encontra-se num dilema entre a metodologia e a tecnologia, como inseri-la da melhor forma no ambiente de sala de aula, tornando-a favorável ao aprendizado. Uma pesquisa feita em escolas de ensino público na região metropolitana de Curitiba evidenciou o desconhecimento da grande maioria dos professores sobre a terminologia "Web 2.0". A pesquisa contou com uma amostra de 157 professores, de forma online, sendo que apenas 24% dos entrevistados retornaram a pesquisa. Foi constatado que a maioria também desconhecia que as ferramentas online de construção colaborativa constituem a Web 2.0. Porém, alguns professores já fazem uso destas tecnologias e os que não conhecem gostariam de fazer uso também. [..."o conteúdo digital é um poderoso aliado para o ensino. O grande desafio é trazer essa informação aos educadores que precisam, em muitos casos, vencer sua própria resistência a esse novo meio de acesso à informação"] (ALMEIDA, 2003, p. 104).
Em uma primeira análise, a partir dos argumentos expostos acima, podemos considerar as diversas maneiras de se contribuir para o aumento da disponibilidade de informações que tenham finalidades educacionais. Textos informativos, estudos, teses são facilmente arquivadas e organizadas na rede em sites acadêmicos ou não, que disponibilizam aos usuários o acesso ao seu banco de dados oferecendo diversas funcionalidades como filtros por palavra-chave, autor, data e várias outras opções. Os conteúdos também podem ser disponibilizados em sites educacionais específicos, como blogs, sites de hospedagem de mídias (áudio ou vídeo) como o Youtube, tornando a informação acessível a todos os usuários e de certa forma democratizando a educação. Desta forma, além de movimentar a engrenagem, o chamado "círculo virtuoso"; quanto mais usuários, maiores possibilidades de inovações e inovadores, atraindo cada vez mais trabalhos e talentos que vão trazendo mais inovações. Para que isso de fato seja possível, não podemos medir esforços para que a inclusão seja a mais abrangente possível. Se possível, investir em um dia anual ou semestral, como uma "Virada Digital" para uma avaliação a nível nacional, para lembrar os avanços com a qualidade devida ou a estagnação. Caso essa avaliação não aconteça, enxergaremos o mundo com lentes opacas ou inapropriadas. É uma teia gigantesca que além de empregar milhões de pessoas e alimentar sonhos que em moldes passados já não são mais possíveis. Sonhos que a sua engenharia ou o seu desenvolvimento

Imagem 1 – WEB e educação
podem chegar a conquista com a flexibilidade de tempo, distância e situações diversas.

Disponível em: <http://institucional.caed.ufjf.br/wp-content/uploads/2014/08/EAD.jpg>
O papel do professor passa a ser de colaborador para construir o conhecimento, diferente de antes onde era o detentor da informação. A rede ou ciberespaço está à disposição dos alunos para pesquisas, e a função do professor é de facilitador da aprendizagem: indica caminhos de matérias, de assuntos, pesquisas e propõe atividades. O conhecimento passa a ser construído e não transmitido, existe uma responsabilidade do aluno nessa construção e não somente do professor. Em consequência disto, a experiência de construção do conhecimento tem a vantagem de ser mais rico em informações e pode de acordo com o professor, ir além da programação pedagógica, como outros pontos de vista que surgirem em detrimento das pesquisas, alguma atualidade ou mudança recente, dentre diversas outras possibilidades.
Especialmente na Educação musical onde a referência de áudio e vídeo é muito enriquecedora, podemos dizer até essencial, quando se trata de mostrar diferentes timbres de instrumentos, interpretações musicais variadas de uma mesma música, diferentes períodos da música e suas instrumentações, pesquisas de vídeos no “Youtube” podem enriquecer bastante o repertório e referencia musical dos alunos. Essas pesquisas ultrapassam fronteiras de tempo e espaço, pode se pesquisar sons de outras culturas e outras épocas, o que não era fácil nos moldes de aulas que usavam apenas livros e suas ilustrações.

Neste contexto o aluno passa de receptor de informação para um agente ativo do aprendizado. Sua curiosidade também colabora para o complemento do seu aprendizado, podendo levá-lo além daquilo que lhe é proposto em aula. O interesse e curiosidade do aluno passam a ser combustível do seu aprendizado, tornando este processo eficaz e prazeroso.

Texto criado por:
Camila Milena de Melo Silvara;
 Edson Marcal de Assis;
Elias Tetsuo Umakakeba;
Fernando Rodrigues da Rocha;
 Michelle Caparros;
 Pedro da Silva Gomes Filho;
 Wilson da Conceição Sarmento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ALMEIDA, R. Q. O leitor navegador (III). In: SILVA, E. T. (Coord). A leitura nos oceanos da internet. São Paulo: Cortez, 2003, p. 89-106.
FERREIRA, S.; BASTOS; R. Web 2.0 Recursos Tecnológicos e Formação. 2006.
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 2. ed. Cortez. Brasília, 2000.
PELUSO, Angelo. Org. Informática e Afetividade: A evolução tecnológica condicionará nossos sentimentos? Bauru: EDUSC, 1998.
VANDRESEN, Ana Sueli Ribeiro. Web 2.0 e Educação - Possibilidades e Uso. Disponível em: <http://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/5752_3325.pdf >.
AMOROSO, Danilo. O que é Web 2.0?; Tecnomundo. 21 ago. 2008. Disponível em: <https://www.tecmundo.com.br/web/183-o-que-e-web-2-0-.htm> Acesso em: 01 nov. 2017.
DANTAS, Tiago. "Web 2.0"; Brasil Escola. Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/informatica/web-20.htm>. Acesso em: 01 nov. 2017.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Colaboração em rede e educação
Uma nova sociedade comunicativa
Uma nova sociedade conectada, nova sociedade em rede, são conceitos originalmente criados por Manuel Castells no livro “A sociedade em Rede”, nele o autor determina as circunstancias em que as novas tecnologias da informação irão interferir nas estruturas sociais.
No decorrer da história os meios midiáticos tiveram grande importância como transformadores sociais desde a criação do texto impresso passando por sua evolução e atuando como um sinalizador da mudança de século, a exemplo do rádio no século XIX, da TV no século XX, e marcando a passagem para o século XXI com todas as formas de mídia convergindo para os computadores e a Internet.
O Grande diferencial de uma sociedade conectada é o encurtamento de distâncias e a unificação da linguagem, a sociedade agora atua em um ambiente global, por conta disso as relações humanas tem se dado cada vez mais em um espaço multimídia, elemento decisivo para a nova sociedade em rede.
Dentro desse âmbito, novos padrões educacionais vão surgindo com a chegada de ferramentas multimídia.
Os modelos de educação até então vigente já se encontram em transformação. Um traço marcante desse modelo é o fato de o professor não ser mais o detentor da verdade absoluta, os alunos já carregam uma bagagem de conhecimento adquirido através da rede, cabe agora ao professor à função de preencher as lacunas desse conhecimento adquirido.
As pessoas estão se tornando mais críticas, os métodos de ensino agora podem ser mais personalizados respeitando a vivência de cada indivíduo.
Com advento dessas novas tecnologias, o raio de ação do ambiente escolar tende a não se limitar mais aos muros de uma escola, quebrando o conceito tradicional de sala de aula. Hoje é possível acessar de qualquer parte do mundo o conteúdo de um tema proposto pelo professor, por outro lado esse recurso não deve excluir o uso de aulas presencias, as atividades em grupo ainda são importantes para a socialização de crianças e adolescentes, já que o uso excessivo de redes sociais tem mostrado certa frieza nos relacionamentos na vida real, tendo esse fator como um possível efeito colateral da nova era digital.
 A rede por si só não garante mudanças na educação, há uma expectativa de que as novas tecnologias trarão soluções rápidas para o modelo atual de educação, para isso é preciso viabilizar o acesso à tecnologia a de áreas carentes com investimento em laboratórios de informática ou mesmo a criação de mais tele centros. Esses novos paradigmas se antepõem aos antigos, as instituições de ensino agora se veem diante de novos desafios.
Estamos no “olho do furacão” de uma revolução pedagógica na educação musical, hoje temos a nossa disposição a ferramenta dos sonhos de qualquer educador. A tecnologia atual possibilita a criação de conteúdo de forma mais rápida.
 A rede mundial não se resume a mera biblioteca digital, o uso de softwares de gravação e edição de áudio, vídeo e texto e a vasta gama de opções de interação torna o mundo conectado mais colaborativo com uma grande diversidade de conteúdos de autoria coletiva.
  A difusão de novas tecnologias de informação não significa necessariamente que as pessoas tenham mais acesso à cultura e educação. Para isso são necessárias condições internas como motivação e estimulo para estudantes desinteressados ou com práticas culturais fortemente influenciados pelos meios midiáticos. 
 Ao explorar o potencial das atuais tecnologias a sociedade vai se adequando as novas exigências e paradigmas, evitando assim um atraso social e cultural.
Sobre minha experimentação
Não faço parte da chamada “geração digital”, apesar de me considerar um grande entusiasta da tecnologia.
Vivi a época de transição com o surgimento da internet. Vim de uma época em que a T.V. era o principal meio de comunicação de massa, uma época em que as fronteiras do meu mundo particular não ultrapassavam minha escola, minha rua, meu bairro.
A ideia não é ficar com aquele tipo de discurso saudosista de “...no meu tempo...”, nem mostrar um deslumbramento com o potencial que a internet fornece.
A comunicação em rede já está profundamente enraizada no meu cotidiano, e tenho lidado muito bem com ela, principalmente no que diz respeito à dependência de estar conectado o tempo todo.
O que me parece ser o traço mais marcante do momento atual, em oposição às gerações passadas que tinham na T.V. o maior veículo de comunicação, é que com as novas possibilidades de comunicação estabelecidas pelo avanço tecnológico, o indivíduo passou de mero espectador para protagonista ativo dos acontecimentos.
 Hoje com a internet totalmente arraigada em nosso cotidiano, se tornou muito mais fácil juntar pessoas com interesses comuns e a extensão da fronteira agora é de âmbito mundial! Quem sabe qual será o limite na virada do próximo século? Da pra especular que daqui a cem anos esse limite possa transcender nosso planeta.

Referências:
CASTELLS, Manuel. A Sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/392268/mod_resource/content/1/ASociedadeEmRedesVol.I.pdf > Acesso em: 24 out. 2017.

CASTELLS, Manuel. CARDOSO, Gustavo. A Sociedade em rede. Do Conhecimento à Ação Política. Cap 1 (p. 16 – 29). Conferência promovida pelo Presidente da República Portuguesa entre 4 e 5 de Março de 2005. Centro Cultural de Belém. Disponível em: < https://ead2.sead.ufscar.br/mod/resource/view.php?id=223998> Acesso em: 24 out. 2017.

ANDRADE, Flávia de. A Nova Sociedade Conectada. Disponível em: <http://jornalismof5.blogspot.com.br/2011/11/nova-sociedade-conectada.html> Acesso em: 24 out. 2017.


SILVA, Maria da Graça Moreira da. Na Sociedade de hoje, a Sociedade da Comunicação e Informação, quais os Principais Desafios da Educação? Disponível em:  <http://webeduc.mec.gov.br/midiaseducacao/material/introdutorio/etapa_2/p2_06.html> Acesso em: 24 nov. 2013.

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

O papel da inclusão digital na educação musical
Tendo começado meus estudos no final dos anos oitenta pude testemunhar a mudança nas metodologias de ensino que foram decorrentes dos avanços tecnológicos.
Minha formação é em guitarra e, nesse instrumento, é muito comum pessoas se proporem a aprender de forma autodidata. Por conta disso nas bancas se proliferavam as publicações de revistas com músicas cifradas, e cursos rápidos do instrumento, nas lojas mais especializadas era a vídeo aula em fita VHS que era a tendência.
Ainda tenho guardado uma dessas revistas que possui o chamativo nome de “Toque Fácil”. Alguém lembra dessa?
Logo em seguida foi a era do CD Rom, que penso ter sido uma evolução das vídeo aulas em VHS. O CD rom já era bem mais interessante, além dos vídeos com exemplos, era mais interativo, possuía exercícios de percepção que você verificava na hora a nota do seu desempenho.
No entanto, os CDs de vídeo aula em sua maioria eram as próprias vídeo aula em VHS que haviam sido digitalizadas em um resolução baixíssima, e acredito ser por isso que a novidade não pegou, até a chegada e popularização do DVD.
Com a chegada da internet, mesmo aquela internet discada antecessora da banda larga, as revistas de cifras foram caindo no esquecimento. Me lembro que nessa época era possível imprimir uma música cifrada na página oficial que alguns artistas já tinham. Isso dava uma sensação de que devido a procedência você tinha acesso a uma informação mais fidedigna.
Mas o que sinto que foi a mudança mais significativa no campo do aprendizado em guitarra foi a chegada da banda larga e a popularização da internet, mais especificamente o youtube.
Considero que esse site foi um grande marco, porque além de permitir que se assistisse uma aula em que você aprenderia um solo de guitarra com o próprio compositor desse solo, você mesmo podia montar um tutorial de como tocar determinada música.
Hoje em dia são muitos os canais que oferecem o aprendizado no instrumento. Mesmo que esse aprendizado ainda seja superficial, parece atender a uma demanda para esse tipo de curso como o “Toque Fácil”.
Atualmente, um dos canais mais populares é o “Cifra Club”, que é derivado do site de mesmo nome, e que segundo o site “Mestres da Música” que lista os canais mais populares da internet o “Cifra Club” é:
Um dos canais mais comentados em diversos fóruns sobre o assunto. O canal tem mais de 2 milhões de inscritos, e nele você aprende de uma maneira fácil a tocar vários outros instrumentos, como violão, contrabaixo, bateria e teclado. O site Cifra Club é considerado o número 1 em termos de música. E ainda disponibiliza gratuitamente o passo a passo de diversas canções populares, nacionais e internacionais.

Nesse momento, ando flertando com a produção de conteúdo para esse tipo de canal, mas não sei por quanto tempo esse formato terá relevância, vejo muitos usuários migrarem para “apps” para celular, porém os vídeos continuam sendo acessados.
Os recursos tecnológicos como programas que emulam amplificadores ou até mesmo softwares para a prática de percepção musical já fazem parte da minha rotina há algum tempo, só me falta aquele “start” pra por tudo isso pra funcionar.
Agora, fora do âmbito dos cursos livres e tendo em vista os cursos de formação, os recursos tecnológicos aliados à educação são o novo paradigma desse século.
Já é notório o potencial do uso das novas mídias na educação, e percebo que a questão da infraestrutura é um problema menor comparado ao despreparo ou mesmo à resistência de alguns professores em integrar as novas tecnologias no seu planejamento de aula.
  Uma pesquisa divulgada em 2012 pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), constata que apenas 2% dos professores da rede pública fazem uso da tecnologia como suporte em sala de aula. A mesma pesquisa apura que 92% desses mesmos professores já tem acesso a computador com conexão à internet em casa.  Por conta disso é indispensável o preparo desses professores no uso dos mecanismos tecnológicos
Ainda que um professor tenha resistência no uso dessas ferramentas como material didático, a tecnologia já está presente no nosso dia a dia, e as informações chegam de forma cada vez mais atrativa (vídeos, fotos, animações) com uma linguagem muitas vezes mais simples e direta do que a usada habitualmente em sala de aula.

Muitos obstáculos ainda precisam ser superados já que a infraestrutura que permite a inclusão digital nem sempre contempla moradores de áreas rurais, ou mesmo alguns excluídos que moram nas metrópoles, esses moradores muitas vezes não tem acesso nem a energia elétrica. Mas vale o pensamento otimista de que em breve essa inclusão tecnológica venha para todos, sem ressalvas, e que todos possam usufruir do melhor que essa tecnologia pode oferecer.


Referências:
LIRA, Davi. Só 2% dos professores usam tecnologia.  O Estado de S.Paulo. São Paulo
24 maio 2013. Disponível em: <http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,so-2-dos-professores-usam-tecnologia-imp-,1035079> Acesso em: 09 out. 2017.


Melhores canais do Youtube para aprender a tocar guitarra. Mestres da Música. Disponível em: <http://www.mestresdamusica.com.br/guitarra/melhores-canais-do-youtube-para-aprender-a-tocar-guitarra/> Acesso em: 09 out. 2017.

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

  Olá!
  Sou músico há pelo menos 20 anos, meu interesse por tocar um instrumento surgiu no final da década de 80, não sei precisar o ano. Formei-me em guitarra na antiga ULM (Universidade Livre de Música) em 2008.
  Atualmente curso licenciatura em Educação Musical na Universidade Federal de São Carlos e é de uma das disciplinas desse curso que surgiu a iniciativa para a criação desse blog.
  O que em um primeiro momento refere-se à uma atividade do curso, no futuro pode e será usado como uma ferramenta que visa a construção de relações com interessados em assuntos relacionados à música.